Isolamento Térmico de Pavimentos – Eficiência Energética

As soluções possíveis para o Isolamento Térmico de Pavimento são:

Isolamento térmico pelo exterior:

  • isolante preenchendo totalmente o espaço intermédio
  • isolante preenchendo parcialmente o espaço intermédio

Isolamento térmico pelo interior:

  • isolante directamente sobre a betonilha
  • isolante preenchendo totalmente o espaço entre a estrutura e o revestimento de piso (soluções tipo pavimento flutuante)
  • isolante preenchendo parcialmente o espaço entre a estrutura e o revestimento de piso

As soluções com o isolante pelo interior são geralmente aplicadas quando não existe outra possibilidade, como obras de reabilitação, pois apresentam muitas desvantagens relativamente ao isolante aplicado no exterior

Isolamento térmico pelo exterior:

  • isolante preenchendo totalmente o espaço intermédio
  • isolante preenchendo parcialmente o espaço intermédio

Isolamento térmico pelo interior:

  • isolante directamente sobre a betonilha
  • isolante preenchendo totalmente o espaço entre a estrutura e o revestimento de piso (soluções tipo pavimento flutuante)
  • isolante preenchendo parcialmente o espaço entre a estrutura e o revestimento de piso

As soluções com o isolante pelo interior são geralmente aplicadas quando não existe outra possibilidade, como obras de reabilitação, pois apresentam muitas desvantagens relativamente ao isolante aplicado no exterior

Isolamento Térmico de Coberturas – Eficiência Energética

As soluções possíveis para o Isolamento Térmico de Coberturas são:

Cobertura em terraço:

  • Isolamento com protecção leve (autoprotegida)
  • Isolamento com protecção pesada (seixo, lajetas, etc.)
  • Cobertura invertida (isolamento sobre impermeabilização)

Coberturas inclinadas:

  • Isolamento na vertente (desvão habitado sob cobertura):
  • Isolamento térmico descontínuo
  • Esteira leve inclinada (painéis sanduíche)

Isolamento sobre a esteira horizontal (desvão ventilado não habitado):

  • Isolamento térmico contínuo sobre a esteira
  • Isolamento térmico descontínuo sobre a esteira com eventual revestimento de piso
  • Esteira horizontal leve (painéis sanduíche)
Eficiência Energética - Cobertura Plana
Eficiência Energética – Cobertura Plana

Os valores apresentados equivalem a um isolamento com 8 cm de espessura para todas as soluções retirados de tabelas do LNEC*. As linhas horizontais representam os coeficientes de referência do RCCTE para as zonas climáticas.

* Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios, Santos, Pina e Matias Luís, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 2006

  • A cobertura tradicional (o isolante serve de suporte para a impermeabilização) tem um melhor desempenho que a cobertura invertida (isolante sobre a impermeabilização)
  • Na cobertura tradicional é necessário colocar uma barreira páravapor sob o isolante devido à permeabilidade desta solução ao vapor de água
  • A camada de protecção da cobertura (leve ou pesada) depende da acessibilidade à cobertura
  • A cobertura invertida considera apenas o XPS que ainda detém a exclusividade destas aplicações
  • A cobertura invertida protege a impermeabilização da cobertura
  • As soluções construtivas em blocos cerâmicos entre 33 a 35 cm (abobadilhas cerâmicas com vigotas pré-fabricadas de betão armado) são as soluções com o melhor desempenho das soluções de estrutura resistente
  • O EPS (Poliestireno Expandido Moldado) com uma massa volúmica (kg/m3) superior a 20 é o isolante com maior desempenho, no entanto, é mais dispendioso que o MW (lã mineral) e o ICB (aglomerado de cortiça expandida)
  • A cortiça mais económica e mais ecológica, com 10 cm de espessura atinge um melhor desempenho do que os apresentados para os outros isolamentos
Eficiência Energética - Cobertura Inclinada
Eficiência Energética – Cobertura Inclinada

Os valores apresentados equivalem a um isolamento com 8 cm de espessura para todas as soluções retirados de tabelas do LNEC*. As linhas horizontais representam os coeficientes de referência do RCCTE para as zonas climáticas.

* Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios, Santos, Pina e Matias Luís, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 2006

  • As soluções em cobertura inclinada são mais variadas e complexas que em cobertura plana
  • As soluções com isolante nas vertentes são aplicadas quando o desvão é habitado ou quando não exista esteira horizontal
  • Quando o desvão não é habitado a aplicação de isolante nas vertentes apresenta muitas desvantagens
  • As soluções de isolamento contínuo sobre a esteira horizontal têm um melhor desempenho que as outras soluções, principalmente a solução com blocos cerâmicos entre 33 a 35 cm (abobadilhas cerâmicas com vigotas de betão armado)
  • As soluções de isolamento contínuo sobre a esteira horizontal têm um melhor desempenho que as outras soluções, principalmente a solução com blocos cerâmicos entre 33 a 35 cm (abobadilhas cerâmicas com vigotas de betão armado)
  • No isolamento das vertentes a aplicação de XPS (Poliestireno Expandido Extrudido) como uma solução de cobertura invertida, em que o isolamento protege a impermeabilização e pode servir também de suporte ao revestimento da cobertura, é a solução com o melhor desempenho
  • No isolamento das vertentes a aplicação de cortiça ou de lã mineral exige a adopção de medidas complementares de protecção à exposição prolongada à água
  • A solução de isolante sobre a esteira horizontal com a eventual aplicação de revestimento de piso é uma solução com um desempenho semelhante ao do isolamento das vertentes
  • No isolamento das vertentes a aplicação de XPS (Poliestireno Expandido Extrudido) como uma solução de cobertura invertida, em que o isolamento protege a impermeabilização e pode servir também de suporte ao revestimento da cobertura, é a solução com o melhor desempenho
  • No isolamento das vertentes a aplicação de cortiça ou de lã mineral exige a adopção de medidas complementares de protecção à exposição prolongada à água
  • A solução de isolante sobre a esteira horizontal com a eventual aplicação de revestimento de piso é uma solução com um desempenho semelhante ao do isolamento das vertentes

Isolamento Térmico de Paredes Exteriores – Eficiência Energética

A transmissão de energia entre o exterior e o interior é um factor preponderante no desempenho energético do edifício seja qual for o sistema de climatização.

A primeira decisão a tomar é a escolha das soluções construtivas da envolvente exterior mais adequadas ao clima local.

As soluções possíveis para as Paredes Exteriores são:

Isolamento Térmico de paredes simples:

  • com revestimento aderido (ETICS)
  • com fachada ventilada – revestimento independente contínuo ou descontínuo com fixação de suportes pontuais

Isolamento Térmico de paredes duplas:

  • isolante preenchendo totalmente a caixa de ar
  • isolante preenchendo parcialmente a caixa de ar
Eficiência Energética - Transmissão Térmica
Eficiência Energética – Transmissão Térmica

Os valores apresentados equivalem a um isolamento com 6 cm de espessura para todas as soluções retirados de tabelas do LNEC*.

* Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios, Santos, Pina e Matias Luís, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 2006

  • O isolamento térmico de paredes simples pelo exterior evita as pontes térmicas, permite aproveitar a inércia térmica das paredes bastante necessária no Verão para manter uma temperatura fresca no interior e é uma solução menos dispendiosa
  • O isolamento térmico de paredes duplas aproveita apenas parte da inércia térmica das paredes, obriga à correcção das pontes térmicas necessitando de uma maior área de isolamento, aumenta a espessura das paredes e o peso na estrutura e nas fundações, sendo por estas razões uma solução mais dispendiosa
  • É recomendável a manutenção de um espaço de ar francamente ventilado nas paredes duplas, através de pequenos furos de ventilação e drenagem
  • Todas estas soluções construtivas, com isolamento de 6 cm de espessura, cumprem os coeficientes de referência do RCCTE para todas as zonas climáticas, à excepção da parede simples com isolamento de cortiça para a zona I3
  • A Alvenaria de Adobe, que não se encontra referenciada nas soluções do LNEC, é uma solução de parede simples que com isolamento pelo exterior tem o melhor desempenho de todas as soluções, para além de que beneficia de uma grande inércia térmica e é uma solução 25% menos dispendiosa do que as outras
  • O XPS (Poliestireno Expandido Extrudido) é o isolamento com melhor desempenho, no entanto tem um custo de mais de 50% que o ICB (Aglomerado de Cortiça Expandida) e a exposição aos raios ultravioletas podem provocar a sua degradação
  • A cortiça mais económica e mais ecológica, com 8 cm de espessura atinge um melhor desempenho do que os apresentados para os outros isolamentos
  • A MW (Lã mineral) é um material ecológico, com um desempenho idêntico ao EPS (Poliestireno Expandido Moldado) e ao PUR (Poliestireno Expandido Extrudido), é bastante resistente e durável, no entanto a exposição à humidade pode diminuir o seu desempenho

Necessidades Globais de Energia para Climatização

O projecto das vivendas apresenta uma redução de 50% em necessidades globais de energia para climatização em relação à média das Ecofamílias*.

Eficiência Energética - Energia Climatização
Eficiência Energética – Energia Climatização

* Programa EcoFamílias – Relatório de progresso, Quercus, 2006

Na verificação regulamentar do RCCTE (Dec.-Lei n.º 80/2006) ambas as moradias conseguem superar os limites estipulados para as Necessidades Globais de Aquecimento e Arrefecimento.

Eficiência Energética - RCCTE
Eficiência Energética – RCCTE

Na vivenda 1 os valores das Necessidades Nominais de Energia para a situação de Inverno são Nic/Ni=0,36 e para o Verão Nvc/Nv=0,44

Eficiência Energética - RCCTE
Eficiência Energética – RCCTE

Na vivenda 2 para a situação de Inverno as Necessidades Nominais de Energia para o Inverno são Nic/Ni=0,28 e para o Verão Nvc/Nv=0,45

Para se atingir uma redução nas necessidades de energia para climatização em primeiro lugar é necessário considerar alguns dos aspectos relativos ao RCCTE (Dec.-Lei n.º 80/2006), nomeadamente os seguintes:

  • Coeficientes de transmissão térmica da envolvente do edifício
  • Isolamento das pontes térmicas para o exterior
  • Sombreamento dos vãos envidraçados
  • Factor solar dos vãos envidraçados
  • Valores de renovações de ar por hora do espaço interior ou a conformidade com a norma NP 1037-1

Caracterização dos consumos no sector residencial

Consumo de electricidade por uso final no sector residencial

Eficiência Energética - Consumo de Electricidade
Eficiência Energética – Consumo de Electricidade

Fonte: DGE, 2004

Da análise do gráfico anterior pode-se observar que os electrodomésticos representam o maior peso (43%) na factura energética dos consumidores residenciais portugueses, por isso devem ser uma das prioridades para a redução dos custos associados ao consumo de electricidade.

Em seguida, a climatização ambiente (17%) e a iluminação (12%) devem ser prioridades na concepção do desenho de soluções construtivas, de sistemas de climatização, a par ou não com as soluções para o aquecimento de águas sanitárias, e da escolha dos dispositivos de iluminação.

Custos anuais associados ao consumo de electricidade

Eficiência Energética - Custos de Consumo
Eficiência Energética – Custos de Consumo

O Total do custo anual associado ao consumo de electricidade é de 552€ com a tarifa simples*.Estes valores foram estimados com base no consumo médio das Ecofamílias, de 418 kWh/mês**.

As Ecofamílias que têm contadores Bi-horários apresentam no relatório em média um gasto inferior de 10€/mês**.

* Valores anuais calculados com base no preço da tarifa simples de 0,11€/kWh, fonte: EDP, 2007

** Programa EcoFamílias – Relatório de progresso, Quercus, 2006